Densificação de Rede no 5G

Esta apresentação analisa os requisitos do 5G, endereçando os principais desafios para gestão de recursos e capacidade, como: espectro de radiofrequência; ganhos na eficiência espectral no 5G e a densificação de rede. É realizada uma revisão para as necessidades de espectro ao 5G nas diferentes subfaixas (<1 GHz, 1-6 GHz e acima de 24 GHz) para atendimento dos diferentes requisitos do 5G no mundo e Brasil.

Serão abordadas as oportunidades de uso de espectro não licenciado e compartilhado (e oportunidades de exploração: LSA, CBRS, TVWS etc.). No aspecto da eficiência espectral, serão destacadas as diferenças e os avanços da interface aérea do 5G (numerology, LPDC etc.) e tecnologias para melhoria da eficiência espectral como masssive MIMO (3D Beamforming, Beamtracking etc.). Para a densificação de rede, serão abordadas as necessidades de densidade de tráfego no 5G não são só atendidas pelo aumento de banda e a eficiência espectral, mas sim com o uso combinado de smallcells. Os desafios associados à densificação, também trarão: um novo desenho de arquitetura com C-RAN e Edge Computing para permitir como controle de inerência e baixa latência; automação, zero-touch e gestão de parametrização através ML (Machine Learning) e Artificial Intelligence (AI); mas principalmente a Glassification  – uso intensivo de fibra ótica. Finalmente, serão abordadas as alternativas tecnologias (DWDM, TSN, 802.1 CM, eCPRI, CDC RODAM, Flexi Grid etc.) de transporte ótico para este ganho de capacidade e capilaridade.

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Apresentado por
Engenheiro (UFF-86) e Mestre (MSc) em Engenharia Elétrica (CETUC/PUC-RJ – 98) com tese em estimação de matrizes de sinais para comunicações móveis – Antenas Inteligentes. Pós graduado em Engenharia de Software (UFRJ-94) e MBA em Finanças Corporativas (IBMEC-04). Possui 30 anos de experiência em telecomunicações tendo trabalhado em diversas áreas: Gerência de Implantação e Projeto, Planejamento de Rede, Planejamento Estratégico, Planejamento de Mercado, Gerência de Negócios, Gerência de Produtos e Gerência de Tecnologia em diversas empresas. Atualmente trabalha na Oi como Gerente de Estratégia e Arquitetura de Rede na Diretoria de Estratégia, Tecnologia e Arquitetura de Rede da Oi e atua, também, como Deputy Chair no grupo TECT do GSMA LATAM.

9 Comentários

  1. Adorei a clareza da apresentação e todo o conteúdo – muito profundo, sem ser cansativo!
    Minha pergunta é: com todo a estrutura sendo elaborada para redução de latência, e maior alcance (pensando nos quilômetros de fibra mencionados para cell sites) qual o destino dos armários e antenas que hoje estão espalhados nas cidades? Haverá novos investimentos nesse tipo de estrutura, como inovação ou mudança de novos designs desse tipo de equipamento?
    Obrigada!

    • Cara Sharlene,

      Muito obrigado pela sua participação. Certamente. O 5G não é só uma nova rede de acesso, como aconteceu com as tecnologias predecessoras, mas introduz uma nova arquitetura virtualizada e controlada de maneira centralizada baseadas nas tecnologias NFV (Network Function Virtualization) e SDN (Software Defined Networrk). Peço que veja este whitepaper do NGMN sobre a visão para o 5G:
      https://www.ngmn.org/fileadmin/ngmn/content/downloads/Technical/2015/NGMN_5G_White_Paper_V1_0.pdf
      A virtualização no 5G não acontecerá apenas nos elementos da rede núcleo, mas os demais elementos como a rede de acesso. Na rede de acesso, a unidade controladora (vBBU e/ou CU) poderá ser virtualizada em datacenters próximos da rede de acesso de número menor de servidores – Edge Compputing. Assim as estações rádio base do futuro poderão ser pequenos datacenters, não só para virtualizar as funções da rede de acesso, mas também permitir a utilização de outras aplicações sensíveis a latência, como realidade aumentada, jogos, Industrial IoT etc.
      Para atender ao desafio desta nova rede, alguns fornecedores de tecnologia estão, inclusive, apostando no uso de novos materiais (como nanotecnologia) para construção de antenas, chips etc. Um exemplo é este que foi apresentado no MWC deste ano pela Ericsson para antenas em fita:
      https://www.fiercewireless.com/wireless/ericsson-refines-antenna-stripe-technology-to-improve-coverage.

      Peço que não hesite em replicar caso não tenha respondido.

      Obrigado,
      Abs,
      Alberto.

  2. Boa apresentação, mostrou a complexidade da rede 5G, necessidade de mais infraestrutura e mão de obre com qualidade para operar e gerenciar todo este sistema, parabéns e obrigado.

  3. Eng° Alberto, parabéns pela apresentação. Tenho uma pergunta referente a implantação da infraestrutura. O 5G vai demandar uma mudança nos parâmetros de instalação de antenas, como a Oi está vendo esse problema face a Lei das Antenas e as legislações municipais que se propagam pelas cidades?
    Meu nome é Coriolano Silveira da Mota, fui executivo no planejamento técnico da Telesp/Telefonica, em sistemas de alta capacidade e hoje faço parte do Depto.Infraestrura da Fiesp. Obrigado.

    • Caro Coriolano,

      Muito obrigado pela participação e feedback. Excelente pergunta, vamos tentar.

      O 5G tem sido tratado como estratégico para muitas nações, como os EUA/UK/Finlância/China etc. , cujas implantações afetarão de forma positiva praticamente todos os setores da indústria, com a geração de e 22 milhões de novos empregos e injeção de quase 12,3 trilhões de dólares em escala global numa década– segundo IHS Markit 2017.

      Entretanto para ter promessas pujança econômica do 5G, há de se viabilizar a construção de sua infraestrutura, seja na flexibilização da construção de novos sites ou rede de transporte.

      No 5G, estima-se 60x mais sites do que as redes anteriores. O Brasil está distante em alcançar mesmo as necessidades de número de sites das tecnologias anteriores, possuindo entre 10% a 30% de sites por habitante quando comparado a países como China, Alemanha, Japão etc.

      Neste sentido, nos EUA no ano passado, o FCC criou um conjunto de ações denominado “5G FAST Plan”: https://www.fcc.gov/document/fccs-5g-fast-plan, com um conjunto de ações que objetivam dinamizar a construção desta infraestrutura, como: designação de novas faixas de espectro de radiofrequência High Band (24, 28, 37, 39 e 47 GHz) , Mid-band (2,5 GHz, 3,5 GHz e 3,7-4,2 GHz), Low-band (600 MHz, 800 MHz e 900 MHz), Não licenciado( 6 GHz e acima de 95 GHz); Viabilização para implantação de SmallCells através de isenção de licenciamento e fiscal; flexibilização para instalação de rede de transporte (One-Touch Make-Ready, aceleração da transição para o IP etc. )

      No Brasil, alguns avanços foram dados nos últimos anos como a Lei 13.097/2015 que isenta o FISTEL de SmallCells até 5 W. Também, a Lei das Antenas (13.116/2015) foi um grande marco para avanços na instalação de novos sites, apesar de ainda não ser uma realidade em muitos municípios brasileiros.

      Conversamos,
      Abs,
      Alberto.

  4. Alberto, fantástico ! Perfeito, objetivo e no ponto ao qual queria se posicionar. Meus parabéns e sucesso !

  5. Ola, Alberto Boaventura.
    Gostei muito das atenções dadas as duvidas dos outros participantes, respondendo a todos. Não sou da área de telecomunicações, porem gostaria muito de participar no desenvolvimento e implantação de novos sites, para o 5G.
    tenho um site na minha região que a OI vendeu para SBA Torres. Assim como ja tenho conhecimento na construção de sites e gostaria de ampliar, com novas instalações de sites.
    Existe alguma regra, para saber exatamente onde pode ser instalado um novo site; A OI esta alugando novos sites.
    Desculpe se não fui conveniente..
    Obrigado.

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