Cada degrau de evolução tecnológica na comunicação móvel é marcado por mudanças que ilustram bem o avanço obtido. Do 2G para o 3G, por exemplo, adicionamos serviços, como texto, mídia e navegação na internet (ainda que rudimentar). Do 3G, para 4G, uma evolução significativa para serviços de dados, incluindo vídeos e aplicativos. Do 4G para o 5G, o destaque dado pelo mercado fica por conta da tríade de velocidade, baixa latência a multiplicidade de conexões – um forte alicerce para serviços avançados como vídeos de alta definição e IoT (internet das coisas).
Mas a Logicalis enxerga que a transformação vai além, muito além. O 5G e suas características técnicas e operacionais permitem a captura de diversas novas oportunidades, desde novos serviços e mercados, uso de arquitetura híbrida on-premises e em nuvem, até a revisão dos modelos de contratação da tecnologia dos parceiros. Mas cada um desses benefícios traz também consigo um conjunto de desafios transformacionais que precisam ser endereçados para sua captura. Com grandes oportunidades, vêm grandes necessidades de transformação.
Velocidade, baixa latência e multiplicidade de conexões. O tripé dos serviços de 5G. Ideal para soluções de digital transformation, possibilitando gestão de e monitoramento de sensores, veículos autônomos, comunicação de resposta rápida, serviços de elevada transmissão de dados. Multimídia imersiva, telemedicina, digital supply chain, dentre outros usos, estão ao nosso alcance. Empresas de pesquisa e consultoria estimam potenciais de negócio de bilhões e bilhões com novos mercados e serviços. Por outro lado, também indicam que esses novos serviços precisam ser capturados para que os investimentos na tecnologia se pague. O 5G abre as portas para um novo mundo de negócios, mas captura-lo é pré-requisitos e não um nice-to-have. Estamos prontos? Entendemos de desafios de negócios de setores como mineração, medicina, logística? Sabemos desenvolver produtos e serviços sofisticados? Lidar com parceiros de setores fora de telecom, startups, incubadoras?
Outro aspectos fundamental do 5G é sua arquitetura nativamente preparada para a virtualização de infraestrutura – seja com uso de clouds privadas, mas também públicas (e sem nos esquecermos da necessidade de convívio com a rede legada, caso não seja uma green field). Essa grande transformação arquitetural traz junto o tema de OPEN RAN, a possibilidade de compor sua rede com uma arquitetura aberta. O tão temido vendor lock-in agora tem uma alternativa de saída baseado em um ecossistema de empresas que está se organizando para poder prover uma arquitetura mais flexível. Mas isso também demanda um maior nível de domínio tecnológico das equipes (que muitas vezes era terceirizado para os vendors), a habilidade de gestão de muito mais parceiros no ecossistema (orquestrar é um verbo muito muito pertinente, não só como função técnica, mas gerencial). Com grandes oportunidades, vêm grandes necessidades de transformação.
Esses são só alguns exemplos. Podemos citar outros, como a questão que que o uso de cloud permite um melhor time-to-market e flexibilidade na alocação de recursos, mas demanda novos skills técnicos e processos: como monitorar e garantir qualidade de um serviço que passa por rede híbrida, combinando rede legada, virtualizada em infraestrutura própria e usa features de clouds públicas? Como gerenciar a capacidade de um recurso que tem capacidade teoricamente infinita agora? Antes o capacity planning era baseado na escassez de recursos, hoje passa a ser em seu controle e orquestração.
Com grandes oportunidades, vêm grandes necessidades de transformação. Com grandes necessidades de transformação, vêm estratégias que cobrem dos negócios à tecnologia. 5G na visão Logicalis.
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