Futurecom, segundo Luiz Fernando Bourdot, da Claro, demontrou que 5G começa a ser uma realidade tangível, especialmente se compararmos com o que fora comentado no evento de 2018.
Para as operadoras, 5G envolve um conjunto de situações que faz com que o preparo para seu desenvolvimento dependa de vários fatores.
A parte de infraestrutura está preparada para receber o 5G, tratando-se mais de fazer ajustes na capacidade da rede.
A virtualização é um processo que já está em andamento mas que avançará por etapas, chegando finalmente a uma estrutura “cloudificada”.
Agora é preciso obter os espectros, o que, em princípio, não está sob o controle das operadoras.
Thayane
Oi Bourdot, bom dia! Obrigada pela apresentação. Gostaria de saber qual é a expectativa da Claro sobre utilizar a faixa 26 GHz para o 5G. Qual seria o impacto da utilização dessa faixa na infraestrutura de telecom existente?
Luiz Fernando Bourdot
Oi Thayane, você levantou um ponto importante. A expectativa da Claro é poder contar com a largura de banda muito maior do que a que estará disponível em 3,5GHz. Por outro lado, devido ao raio de cobertura menor, há necessidade de um grande número de células e este é o maior impacto na infraestrutura. Por isso é imprescindível avanço na questão regulatória para facilitar a instalação e alimentação de small cells.
Luan Arakaki
Luiz, Boa Tarde
Existe, na Claro Brasil, um movimento de integração de lideranças para a convergência de todos os temas e impactos da vinda do 5G, e de maneira um pouco mais abrangente, tratando do direcionamento de Fit-For-Purpose, com foco no usuário final?
Luiz Fernando Bourdot
Oi Luan. Na Claro existem diversos movimentos mirando essa convergência. A unificação das áreas de TI e Engenharia sob o comando de um CTIO facilita os projetos de Transformação Digital onde a antiga fronteira entre TI e Engenharia não é mais tão nítida. Destaco também a criação de um hub de inovação – denominado beOn – que captura tendencias de criação e de consumo na sociedade e habilita novos projetos com foco no usuário final.
Júnior
Gostei da apresentação, vejo que o Brasil está a promover várias actividades que promovem a transformação das operadoras em receberem o 5G. Entendi também que o 5G vai exigir uma mudança geral no core das operadoras devido a requisitos técnicos para responderem um infinidade de soluções de serviços. Quero saber no ponto de vista da África(ou especificamente Angola), onde ainda verifica-se a fraca actuação do 4G/LTE, o 5G deve ser uma preocupação urgente para nós…? Qual deve ser o ponto de partida e quantas etapas para chegar-mos no nível de operar o 5G nas operadoras.
Luiz Fernando Bourdot
Olá Júnior. Grato por seus comentários. Penso que países como Angola, onde não existe ainda uma demanda de mercado pelo 5G, podem usar este tempo a seu favor. A introdução de novas tecnologias traz sempre riscos e ineficiências devido à falta de maturidade destas tecnologias e de uma experiencia operacional. Quando chegar o momento, Angola poderá ter aprendido com erros e acertos dos early adopters e queimar etapas. Até lá, a consolidação de uma infraestrutura robusta de 4G/LTE será um passo importante rumo ao 5G. Um abraço
Luiz Fernando Bourdot
Olá Júnior. Grato por seus comentários. Penso que países como Angola, onde não existe ainda uma demanda de mercado pelo 5G, podem usar este tempo a seu favor. A introdução de novas tecnologias traz sempre riscos e ineficiências devido à falta de maturidade destas tecnologias e de uma experiencia operacional. Quando chegar o momento, Angola poderá ter aprendido com erros e acertos dos early adopters e queimar etapas. Até lá, a consolidação de uma infraestrutura robusta de 4G/LTE será um passo importante rumo ao 5G. Um abraço